quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Muito amor


Para os grandes, eu penso. E viro a cabeça pra pensar em outra coisa. É mais feliz gostar, amar é pra quem pode. Mas você ou a vida ou sei lá. Insiste. E então chega enorme. E só me resta rir que nem quando vejo um bebê muito pequeno e lindo. Você ri. Vai fazer o quê? É o milagre maravilhoso da vida e eu ficando brega e cheia de medo e cheia de vontade de te contar tantas coisas e nem sei se você gosta de ouvir meus atropelos. Muito amor. E então fico querendo não trair a beleza. Com você sinto a fidelidade de ser tranquila. Um pacto de paz com o mundo. Pra não me afastar de você quando estou longe. E é impossível então que os martelos do apartamento de cima sejam realmente martelos. E é impossível que as chatices do dia sejam realmente sem solução. E os outros caras, aviso, olha, é amor. É amor. Ainda que eu quisesse, não consigo mais nem um centímetro pra você. Desculpa. O amor é terrivelmente fiel. Porque ele ocupa coisas nossas que nem existem nos sentidos conhecidos. É como tomar água morna depois de ter engolido um filtro inteiro de água geladinha. Ninguém nem pensa nisso. Muito amor. De um jeito que era mesmo o que eu achava que existia. E é orgânico dentro da gente ainda que vendo de fora não pareça caber. O corpo dá um jeito. Minha casca reclama mas incha. Tudo faz drama dentro de mim, ainda que nada seja realmente de surpresa. Sentir isso era o casaco de frio que sempre carreguei no carro. Cansado, abandonado, amassado, sujo, velho. Mas, de repente, tudo isso desistente tem serventia e a vida te abraça. O guarda-chuva do porta-malas. A bolsa falsa do assalto que minha mãe mandava eu ter embaixo do banco do passageiro. Sentir isso é os trocos que você guarda pra emergência. Amar grande é gastar reservas e ainda assim ter coragem pra dar o que não se tem. Amar grande é ter vertigem no chão mas sentir um chamado pra voar. Amar grande é essa fome enjoada ou esse enjôo faminto. É o soco do bem na barriga. É mostrar os dentes pra se defender mas acaba em sorriso. É o sal que carrego no fundo falso da bolsa pra quando eu não aguentar a vida. É o açúcar que carrego junto. É tudo que pode sair do controle. É meu corpo caindo. E as almofadas de várias cores pra me dizer que pode dar certo. É o desespero aconchegante.

Tati Bernardi

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Volta logo


Você nem foi embora e eu já quero que você volte logo. Porque eu invento mil coisas para fazer quando você não está, crente que assim eu vou deixar a saudade de lado, mas chego nos lugares e percebo que levei a saudade comigo, já que fico lembrando de quando a gente foi nesses mesmos lugares juntas, quando acontece alguma coisa legal fico logo pensando que você também teria gostado, e é só eu começar a conversar que já me pego logo falando em você. Ah, vida, volta logo, porque pelo telefone não dá para dormir abraçadinha, nem andar de mãos dadas, nem para pedir mais beijo quando a gente dá aquele beijinho xoxo. Volta logo para cuidar de mim e me fazer voltar a dormir as quatro e meia da manhã, como eu nunca teria conseguido se você não estivesse comigo. Volta logo porque ainda tem um montão de coisas que não dá para fazer pelo telefone, mas que eu não vou ficar escrevendo para não me dar mais saudade ainda.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

No final da tudo certo de algum jeito...


O que a gente quer é tanta coisa, que dá até medo. Assusta querer o que foge ao nosso controle, o que depende do acaso e de sorte. Mas eu quero mesmo assim. E só de saber que a gente quer juntas, isso já me faz sonhar acordada com tudo o que pode acontecer. Como se bastasse a gente querer para acontecer. Como se bastasse a gente fazer a nossa parte para o mundo girar na direção que a gente escolher. E esse querer é tão grande, que consegue ofuscar até os acontecimentos mais imediatos. E olha que não são acontecimentos banais nem rotineiros. São verdadeiras nuvens negras que andam se formando em cima do meu quarto, como aviso de uma tempestade. Não, mas isso pode nem ter tanta importancia se a gente conseguir o que a gente quer. Porque as nuvens vem e vão. As vezes causam uma perturbação temporaria em forma de chuva. Outras vezes são responsaveis por diluvios e catastrofes. Mas tudo o que é molhado, um dia seca. O que machuca, cicatriza. Então não tem motivo para pensar pequeno quando a gente tem sonhos IMENSOS.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Espaço de mudança



Mudança. Palavra que tem me acompanhado agora. As coisas não estão indo bem, mas tendem a melhorar, se eu conseguir me adaptar com as mudanças que preciso fazer. É meu amor, suas palavras machucaram, mas foi otimo ouvir tudo aquilo de você. Foi bom pra eu voltar a me dar valor, e parar de esperar isso das outras pessoas. Só eu sei o valor que tenho, e não é pouca coisa. Retomar minha vida, porque percebi que a forma com que estava lidando com a situação não agradava ninguém, nem você que recebia toda a atenção, nem eu que me desgastava tanto tentando estar presente o tempo todo.
Outra palavra que está super na moda na minha cabeça é ESPAÇO. Dificil pensar que a pessoa que eu queria mais "colada" a mim, quer espaço. Mas entendi, e aceitei essa mudança. Como já disse, meu unico medo é que, com isso tudo, outra pessoa se aproxime e acabe com o que a gente tem. Só que, apesar de toda a dor que estou sentindo agora, acredito cegamente no amor que sentimos uma pela outra. Pensar em você continua sendo parte fundamental do meu dia, a vontade de te procurar só pra falar que sinto saudades, e que te amo, ainda se faz presente. Só que, pro nosso bem, não posso mais deixar essa vontade tomar conta de mim. Vamos pensar, daqui pra frente, só no que é bom. Tentar mudar o que não nos faz bem, e construir novamente o relacionamento que tinhamos. Que era otimo, e só trazia coisa boa.
Se não for pela gente, vamos fazer pela Raquel né? hehe Que acredita!!! (hehehehe)
Amo você, acima de tudo e com todas as forças. Não esqueça nunca.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

=)

"A verdade é que não dá para fugir da dor, e eu continuo correndo, correndo, correndo e não saindo do mesmo lugar."


A vida muda a gente e a gente muda a vida. Idiota, talvez.
As aulas tem me ajudado, no começo pra estudar e sentir que to aprendendo algo. Agora, pra passar os dias, e me ajudar a pensar em outra coisa.
é, isso se chama VIDA.
Cada um vivendo a sua, e um participando da vida do outro.
As vezes encontramos amor, as vezes não. Sem duvidas, quando a gente encontra, a vida fica mais leve, cheia de borboletas e cores. Por experiencia propria, é lindo quando acontece.

é... vida minha, amor da minha vida, daqui até a eternidade.
Meu amor por você é pra sempre. Não duvide nunca disso!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Amar alguem

Demorei para aprender, mas hoje compreendo o significado de amar. O meu significado. Amar alguém é curtir o correr dos dias ao lado dela, tirando, a cada oportunidade, o peso devastador das expectativas, porque é da leveza que nasce a harmonia. É sentir (e não saber—o que faz toda a diferença) que ela precisará da minha ajuda tanto quanto eu de um ombro para descansar; que o fim não mede a beleza de uma relação, assim como a morte não anula quem fomos; que nada, nem ninguém, arrancará de mim as sensações que me fazem ser quem sou (e que precisarei, sozinha, não destruí-las, mas lidar com elas); entender que a obrigação de me salvar é absolutamente minha.

Amar alguém é ter a liberdade de ser.

Ailin Aleixo