
Fazia tempo, tempo que não precisava escrever para tentar acalmar as coisas aqui dentro. Fazia tempo que não precisava ouvir o som do teclado para que assim pudesse dormir tranquila sabendo que coloquei para fora tudo que me destruia por dentro. E desse vez, nem sei ao certo o que quero, o que pretendo tirar de mim, para assim, tentar ser mais leve. Pelo menos por 1 segundo.
A loucura me olha de perto, me cerca e me mostra que as vezes o melhor é também o pior. Hoje eu queria alguém, sim esse alguém é você que sempre me escuta, sempre me olha (sabendo de todas as neuroses e loucuras) e mesmo assim, gostando de mim. Mas hoje você não podia (ou não queria o que acaba dando nas mesma), então, poderia ser qualquer um, qualquer um que me deixasse falar, falar, falar, falar... até não ter mais o que falar. Chorar, brigar... e não me julgar. Não quero conselhos, não quero ninguém dizendo que as coisas vão dar certo, não quero saber que é só um dia ruim, porque eu sei que é. O que eu quero é colocar para fora tudo que tem agido como um câncer me destruindo por dentro e me dando essas olheiras horriveis.
Queria me livrar da parte ruim, me livrar de tudo de ruim que sou hoje, me livrar dessa pessoa que não me agrada. O que sou hoje não me agrada. Quero de volta a leveza de outrora, leveza essa que agradava aos olhos mais exigentes e mais do que isso, agradava minha sanidade mental. Leveza essa que não sei onde se esconde, e que por estar assim tão sumida deu lugar a isso que sou hoje. Deu lugar ao ciume doentio que me mata pouco a pouco e a todo o resto que vem com ele. A insegurança, o vazio e tudo mais que prefiro não citar pra não atrair. Não sei o nome disso que estou sentindo, mas sei quem é o culpado: EU!